Bem-vindo (a)

Para quem acredita na existência de Deus, há sempre uma luz radiante, ainda que a vida pareça mergulhada em profunda escuridão. Chega um momento que precisamos nos libertar dos grilhões, das amarras e correntes que nos enclausuram num pequeno mundo, sairmos da nossa caverna e irmos de encontro à luz.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Saudade de minha infancia em Wanderley


Tenho pensando em minha cidadezinha,
Quando eu era criancinha, livre naquele lugar.
Parecia um sonho tudo, tudo que eu fazia,
Amizade era o que mais eu tinha e tempo para brincar.
Depois da aurora quando ali chegava o sol
Feito flor de girassol eu corria para escola,
Ali estudava, corria, pulava e também jogava bola,
A professora me abraçava, depois eu ia embora.

À tardinha, parecia obrigação, transpassava o portão,
Com destino a passear...
Não tinha rua, praça ou jardim que não eram visitados por mim,
Era tudo uma beleza! Ia aos bosques, a pé, visitar a natureza,
De bicicleta era uma certeza, contemplava o pôr do sol.
Via seus raios reluzentes cor de ouro nas horas crepusculares.
À noite, a lua vinha saudar-me da janela toda linda, toda bela,
Parecendo uma gazela, moça pura como a flor.

Hoje eu cresci, me mudei para bem longe e tudo já mudou:
Quando a lembrança resolve me visitar,
Vou para a porta da escola imaginária e começo a brincar:
Jogo bola com todos, os meus olhos lacrimejados
A velha bicicleta encostada naquela árvore que tinha lá
Mas tudo isso são somente miragens, eu sei,
São lembranças de Wanderley,
Minha cidade, meu lar.
Gilson Vasco

Escritor