Bem-vindo (a)

Para quem acredita na existência de Deus, há sempre uma luz radiante, ainda que a vida pareça mergulhada em profunda escuridão. Chega um momento que precisamos nos libertar dos grilhões, das amarras e correntes que nos enclausuram num pequeno mundo, sairmos da nossa caverna e irmos de encontro à luz.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Solidão


Sozinho em meu tristonho quarto, sem ninguém para ouvir os meus imensos sentimentos a tristeza é cruel, forte e luta para me dominar. Castigado pela maldosa solidão, não suporto, tenho que me entregar e, sem perceber, me pego apensar... Inseguro, sem proteção, prisioneiro do medo e da desilusão, só me resta chorar. E choro um triste pranto de lamento, pensando nos momentos que o destino me obriga a passar. Nesse triste momento me concentro a pensar em alguém que nunca esteve presente para ouvir o que eu tinha a lhe falar. Ao refletir, recebo a certeza de que não existe ninguém para me consolar.

A solidão continua me ferindo por dentro, num triste lamento, só me convém perguntar: será que sou tão ruim que ninguém gosta de mim? Existe outro alguém tão triste assim? Será?

Carente de amor, gritos estrondam num ritmo de clamor chamando por alguém que não me dar valor. Sozinho entre quatro paredes sou presenteado: Vem um desejo de encontrar outro alguém, mas tenho medo de ser ferido novamente; gostar de alguém que não gosta de mim. Desiste e tento sorrir para enganar o meu coração e, sem perceber, sou pego de surpresa pela tortura tristeza envida pela solidão! Nesse momento o meu sol que começara a brilhar, com raios de amor, é invadido pela escuridão. Olho para o mundo e não vejo nada, ninguém. Nem mesmo o meu verdadeiro amigo estar comigo para me orientar. Castigado pelas lembranças que bailam em meu coração, guiado pela solidão, na escuridão saio a caminhar querendo me libertar para não sentir o meu coração chorar.

Nas estranhas ruas do meu entardecer nada me alegra, olho para o infinito céu e vejo que até mesmo as estrelas estão carentes de amor. Então, saio perambulando pelas florestas das minhas descobertas a observar as folhas secas da imaginação que caem no chão da amargura ao sentir o vento triste soprar, inexistentes pássaros cantam hinos de louvores ao perceber o ressoar da natureza no alvorecer e a brisa fria suaviza o meu rosto aumentando o desejo de ter alguém para me amar.

Olho novamente para o céu e me percebo vivo ao sentir uma estrela cadente mudar. Essa estrela brilhante me deixou confiante para eu procurar, outro caminho, com um grande intuito de eu encontrar alguém que me der uma chance, que me de carinho e amor, coisas que vivo sempre a sonhar.

Gilson Vasco

Escritor

Fragmentos da Literatura Wanderleense


É mais uma obra do escritor baiano Gilson Vasco, lançada no fim de 2010. Fragmentos da Literatura Wanderleense é, na verdade, um ensaio, uma crítica literária feita para elucidar autores wanderleenses que assim como o próprio autor, estão sempre buscando enaltecer e divulgar a cultura da sua cidade para o mundo.

Essa obra tem como objetivo principal analisar de modo superficial o modelo literário de dois grandes autores wanderleenses: Machado Vieira e Eugênia Sardeiro. Outro intento da obra é fazer mais uma das diversas leituras que se pode fazer diante de um texto, isto é, enumerar algumas imagens expostas nas composições de cunho prosaico ou poético desses dois autores wanderleenses.
Pergunta-se qual o principal objetivo da análise dos textos desses dois autores wanderleenses feita por mim. O questionamento é preciso e evidente, e, mais evidente e necessária ainda é a resposta.

Ora, sabe-se que até meados de 2004, Wanderley ainda não contava com uma Literatura própria, isto é, não havia nenhuma obra de cunho literário produzida por wanderleense, exceto um trabalho textual, ainda sem publicação chamada Árvore Genealógica da Família de Francisco Soares da Silva e Sérgia de Souza Maia e Silva assinada por Adalberto Soares da Silva, natural do povoado de Olhos D’água e Loucuras da solidão, uma poesia de Eugênia Sardeiro.

A partir do ano de 2004, com a publicação do conto infanto-juvenil A fuga para o Bosque Enlevado, de minha autoria, publicado em Goiânia, pela Editora Kelps, a Literatura Wanderleense começou a mostrar para o mundo, através de alguns jornais, revistas e, principalmente, do site Baianada.com criado pelo wanderleense Ailton Teixeira, suas primeiras composições.

Com isso, pode se dizer que A fuga para o Bosque Enlevado veio também para despertar nos wanderleenses o desejo de dizer ao outro, através das palavras escritas, o que sente, ora, pois com a sua publicação aflora ou desperta em muitos conterrâneos o gosto pela escrita. Surgem autores como Diones Machado Vieira (Júnior), que apesar de não ser natural de Wanderley fora criado na cidade e se sente um wanderleense nato, Bruna Eugênia Sardeiro Pereira (Bruninha), o próprio Ailton Teixeira (Boiadeiro), todos assinando um emaranhado de matérias no site Baianada.com e em jornais. Outros autores wanderleenses como Professor Nilton Carlos, João Brito, Marcelo Pereira etc., embora não tendo ainda trabalhos publicados vêm colaborando muito no campo da Literatura Wanderleense.

Mas quem são, afinal, Machado Vieira e Eugênia Sardeiro? Machado Vieira é responsável pela assinatura de inúmeros textos, entre artigos, contos, poesias, crônicas, críticas, sátiras e outras modalidades literárias publicadas pelo site Baianada.com e por outros meios de comunicação. Machado Vieira, apesar de ser naturalmente goiano, possui dupla naturalidade. Diz se sentir como um wanderleense nato. É principalmente através do site Baianada.com que Machado Vieira mostra a sua indignação para com as falcatruas de muitos governantes wanderleenses que costumam agir de má fé. O autor se destaca na luta contra as práticas corruptas de inúmeros políticos brasileiros, denunciando as atrocidades cometidas por estes e atua literariamente e literalmente na defesa da população wanderleense. Wanderley, BA tem cura?! É um dos seus textos mais acessados, lidos e elogiados, publicado pelo site Baianada.com.

Eugênia Sardeiro é responsável pela assinatura de mais de 100 textos, entre notas, artigos, contos, poesias, crônicas, críticas, sátiras e outras modalidades literárias. No ano de 2001, Eugênia Sardeiro obteve a terceira colocação no Concurso de Poesia do V Fest. Cult. (Festival de Cultura) do Estado de Goiás, com a poesia Loucuras da Solidão. No mesmo ano, a mesma poesia, de Eugênia Sardeiro foi classificada entre os dez melhores trabalhos do País, no Concurso Nacional de Poesia, preparado pela Revista Brasília. Ainda nesse ano, Loucuras da Solidão foi publicado pelo Jornal Imprensa Literária, do Rio de Janeiro. Além de atuar na divulgação de textos de divulgação em mídia digital, Eugênia Sardeiro, também é repórter oficial, cronista e colaboradora do site Baianada.com, ao lado de Ailton Teixeira, idealizador da página.

Gilson Vasco

Escritor

Wanderley é campeão!


Se toda vez que se ganhar um título for motivo para comemoração, a sociedade wanderleense pode comemorar. Wanderley ganha mais um título de destaque entre os municípios do oeste baiano. Embora não seja surpresa, posto que o mágico pedaço de chão há muito já vem colecionando títulos de caráter semelhante, mais uma vez o município de Wanderley é campeão!

Às vezes o município wanderleense passa por alguns pequeninos probleminhas como o fato de ainda não ter um destino adequado para o lixo, não contar com políticas voltadas à capacitação profissional dos jovens, não possuir boas estradas para a locomoção, faltar incentivo cultural e motivação para o desenvolvimento geral, entre outros. Mas que mal tem isso, se até água doce o município já oferece?! Tudo bem que com a tão sonhada chegada do mel surgiram alguns quase imperceptíveis probleminhas, como o fato de as ruas wanderleenses se camuflarem por um misto de lama e lixo, por alguns rápidos meses, enquanto esperavam a manutenção nas encanações, dificultando a passagem até mesmo de pedestres! Mas e daí?! Realmente não há o que reclamar, afinal, os transtornos passam e os benefícios ficam. Por falar em ficar, dias depois da comemoração da chegada do líquido açucarado, a comunidade em peso ficou sem água, mas isso não durou nem mesmo quinze dias e o problema logo foi apressadamente e inteligentemente solucionado! Que ficasse mais tempo, quinzenas, meses ou anos, ninguém precisa de água todos os dias mesmo.

Há quem diz que a saúde wanderleense não é das melhores, mas veridicamente o município possui até ambulância para transportar os enfermos! É certo que às vezes o veículo chega até a dá defeito, mas nem por isso o paciente deixa de ser atendido até mesmo depois de peregrinar por hospitais de outras cidades e, melhor ainda, às vezes, é atendido antes mesmo de morrer! Não é mesmo uma sorte? Esses insignificantes probleminhas nada importam. O importante é que o município é campeão, rico, potente, feliz e é um oásis de liberdade. Sim liberdade, o município wanderleense é exemplo de liberdade! Wanderley é uma terra de pessoas livres, ora, prova disso é que desde cedo as crianças já são liberadas para frequentar boates, bares, ingerir bebidas alcoólicas, entre outros, sem hora para voltar para suas casas. Em épocas de disputas futebolísticas, jogo e álcool se confundem numa só animação. É uma verdadeira farra! Em Wanderley, crianças e adolescentes são considerados tão inteligentes pelas autoridades e pelos seus responsáveis que até conduzem veículos automotores pela cidade e zona rural do município, sem precisar de nenhuma habilitação ou equipamento de proteção!

Depois de ser eleito como a terra do milho e do boi, ter sido vangloriado pelo baixo índice de homicídios o município de Wanderley é novamente campeão!

De acordo com o último senso demográfico a população wanderleense reduziu, mas nem isso foi empecilho para que a terra do milho e do boi ganhasse esse título. O município de Wanderley é mesmo recordista. Verdade, nem cidades bem maiores e mais populosas, como por exemplo, a cidade de Barreiras que possui oito vezes mais o número de habitantes do mágico pedaço de chão conseguiram superar o ranking wanderleense.

Constituído unicamente por uma família que não briga o mágico pedaço de chão, a terra do milho e do boi, o município de Wanderley é campeão. Nessa terra ninguém morre de overdose, passa ano sem ter homicídios, visto que a cidade é formada por uma família que vive em festa e em comemoração. Pode comemorar, pois Wanderley é campeão no consumo de bebidas alcoólicas! Haja cerveja, cachaça e todas as modalidades de bebidas alcoólicas para matar a sede dessa população.

Gilson Vasco
Escritor

Política e religião se confundem em Wanderley


É verdade que eu me orgulho de ser um cidadão wanderleense e muito admiro meus conterrâneos, meus irmãos de coração, mas, ao mesmo tempo fico envergonhado quando recebo notícias perspicazes como essa publicada no site da rádio de Wanderley, lógico, a publicação em si, pela rádio é meramente uma prestação de serviço para com a comunidade, bem como a convenção partidária propriamente dita, porém, o conteúdo por si só, o qual afirma que a convenção ocorreu na Casa Paroquial é sem sombra de dúvidas uma total falta de respeito de muitos políticos de Wanderley para com Deus. A própria direção da Igreja Católica de nossa cidade não si dá o respeito quando aceita a concretude de um evento desses no espaço físico integrante à Casa Santa. A Bíblia relata que Jesus expulsou os comerciantes e jogadores da casa de seu pai. Pergunto: O que é a política hoje, senão um jogo e um comércio?

Goiânia hoje é a minha segunda casa, mas é em Wanderley que estão fincadas as minhas raízes. Lamentável é, pois, a decisão de se realizar um ato político-partidário num espaço sagrado. Sabemos que dependemos da Política para tudo: essa ciência nos persegue desde a compra do fósforo às decisões de quem morre ou de quem deve viver, todavia defendo a ideologia de que política e religião devem andar separadas. Lógico que a igreja cumpre papel fundamental no que tange a decisão de orientar os cidadãos quanto ao fato da consciência de se votar. Por outro lado, a época em que a igreja mais cometeu falha foi quando caminhava lado a lado com a política partidária. Ora, existem várias outras políticas com as quais a igreja poderia se preocupar. E digo isso com autonomia, é claro que a minha intenção não é a de ser autoritário, mas como católico que sou tenho aval positivo para opinar.

Queria muito parabenizar o PTB de Wanderley pela abertura de novas ideias, pois dentre outras, é a convenção uma forma de renovação e o bom partido é aquele que está sempre buscando se renovar, porém, no momento, o repudio, pelo ato de se realizar uma convenção na Casa Paroquial, pois ao fazer isso, subentende que a sua intenção nada mais é que pressionar a população a votar no partido que está do lado da religião majoritária em Wanderley que é o Catolicismo. Ressalto ainda, senhores políticos que o voto é livre.

Gilson Vasco

Escritor

Hospitaleira Wanderley


Wanderley, sublime cidade acolhedora, divago em tuas trilhas guarnecidas por recintos, edifícios, paredões e arvoredos adornados de flores e vejo-me vagueando pelo âmago da minha pacata estância harmoniosa.

És mais que uma cidade, és uma flor cedendo o néctar às abelhas, és uma mãe aleitando teus filhos. És tranquila, pacata e serena. És uma ostentação para quem já pisou no teu solo, para quem já descansou no teu colo e um sonho para quem houve o teu resplandecente nome. És tão maravilhosa, aconchegante e acolhedora que nem mesmo em poema te escrevo. És tranquila, confiança, fraternidade e lembrança.

Teus ares, tuas brisas e teus manifestos são perspicazes. Tua luz se transforma num clarão luminoso com raios dourados. Tuas tardes resplandecem horizontes crepusculares. Em ti, invento os momentos, pois teu tempo tem tempo. Teus dias são meigos e sensíveis como as flores de teus jardins. Tuas noites são prateadas pela lua e pelas estrelas. Têm festas e diversões culturais e religiosas para teus habitantes e visitantes alegrarem.

Ó Wanderley, terra de se viver, estou compactado em ti. Quero ir ao teu encalço, te fazer de cais para em teu porto me atracar. Quero anunciar para o mundo, num prelúdio, que sou filho de ti. Ó magnífica cidade, terra de alegria, berço das mulheres belas e encantadoras. Chão dos homens esforçados e crianças livres. Ó irresistível Wanderley, tua generosidade não é utopia e uma coisa eu queria: descrever-te em poesia.

Ó Wanderley, terra do milho e do boi, assim foi, é e sempre será. Meu esplendor, terra, céu, brisa e sertão. Tem teus defeitos, pois somente Deus é perfeito. Dar-se um jeito, minha cidade és tu. Esta poesia é um hino em teu preito que saiu do meu peito para te elogiar. Ó minha Wanderley, trago teu nome enclausurado em meu coração, tua lembrança não sai da minha mente e teus filhos os tenho como meus irmãos.

Gilson Vasco

Escritor