Conjunções são palavras
utilizadas como elementos de ligação entre duas orações ou entre termos semelhantes
de uma mesma oração, estabelecendo relações de coordenação ou de subordinação.
São invariáveis, não sendo flexionadas em gênero e número. As conjunções
classificam-se em conjunções coordenativas aditivas, adversativas,
alternativas, conclusivas, explicativas, integrantes, adverbiais causais,
adverbiais concessivas, adverbiais condicionais, adverbiais conformativas,
adverbiais finais, adverbiais proporcionais, adverbiais temporais, adverbiais
comparativas e adverbiais consecutivas.
As principais conjunções, então,
podem ser assim descritas: conjunções
coordenativas aditivas: e, nem, também,
bem como, não só,... mas também; conjunções
coordenativas adversativas: mas, porém,
contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante; conjunções coordenativas alternativas: ou, ou...ou, já…já, ora...ora, quer...quer, seja...seja;
conjunções coordenativas conclusivas: logo, pois, portanto, assim, por isso, por
consequência, por conseguinte; conjunções
coordenativas explicativas: que, porque, porquanto, pois, isto é; conjunções subordinativas integrantes: que, se; conjunções
subordinativas adverbiais causais: porque, que, porquanto, visto que, uma vez
que, já que, pois que, como; conjunções
subordinativas adverbiais concessivas: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, se bem que,
posto que; conjunções subordinativas
adverbiais condicionais: se, caso,
desde, salvo se, desde que, exceto se, contando que; conjunções subordinativas adverbiais conformativas: conforme, como, consoante, segundo; conjunções subordinativas adverbiais finais: a fim de que, para que, que; conjunções subordinativas adverbiais proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto
mais… mais,…; conjunções subordinativas
adverbiais temporais: quando, enquanto,
agora que, logo que, desde que, assim que, tanto que, apenas; conjunções subordinativas adverbiais
comparativas: como, assim
como, tal, qual, tanto como; conjunções
subordinativas adverbiais consecutivas: que, tanto
que, tão que, tal que, tamanho que, de forma que, de modo que, de sorte que, de
tal forma que.
Para uma melhor compreensão
acerca das conjunções é bom dividi-las em apenas duas categorias,
ou seja, as coordenativas e as subordinativas e colocá-las as demais existentes
inseridas como subcategorias dessas duas principais, assim:
Fazem
parte das conjunções coordenativas as aditivas, as adversativas, as alternativas, as conclusivas e as
explicativas; e fazem parte das conjunções subordinativas as causais, as comparativas, as concessivas, as conformativas, as consecutivas,
as finais, as proporcionais e as temporais.
Esmiuçando,
aplicando, usando e exemplificando: as conjunções coordenativas aditivas como o próprio
nome já sugere expressam a ideia de adição, de soma. Exemplo: Marcos
foi ao cinema e ao teatro; as conjunções coordenativas adversativas expressam ideias contrárias, de
oposição, de compensação. Exemplo: Tentei chegar na hora, porém me atrasei; as
conjunções coordenativas alternativas expressam
ideia de alternância. Exemplo: Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho; as
conjunções coordenativas conclusivas servem
para dar conclusões às orações. Exemplo: Estudei muito por isso mereço passar; as
conjunções coordenativas explicativas explicam, dão um motivo ou razão.
Exemplo: É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora. Já as
conjunções subordinativas causais como a própria nomenclatura explicitam expressam uma
causa. Exemplo: Ele não fez o trabalho porque não tem livro; as
conjunções subordinativas comparativas expressam comparações entre duas ou mais
coisas, objetos, pessoas, animais etc. Exemplo: Ela fala mais que um papagaio; as
conjunções subordinativas concessivas indicam uma concessão, admitem uma
contradição, um fato inesperado. Trazem em si uma ideia de “apesar de”.
Exemplo: Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (apesar de estar cansada); as
conjunções subordinativas expressam uma ideia de acordo, concordância,
conformidade. Exemplo: Cada um colhe
conforme semeia; as conjunções subordinativas
consecutivas expressam uma ideia de consequência. Exemplo: Falou tanto que
ficou rouco; as conjunções subordinativas finais expressam ideia
de finalidade, objetivo. Exemplo: Todos trabalham para que possam sobreviver; as
conjunções subordinativas proporcionais indicam proporções. Exemplo: À medida
que as horas passavam, mais sono ele tinha; e as
conjunções subordinativas temporais expressam tempo, geralmente fenômeno
natural. Exemplo: Chegamos em casa assim que começou a chover.
Interessante também é
saber que mal é conjunção subordinativa temporal quando equivale a "logo
que". E que o conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjunção
chama-se locução conjuntiva.
Exemplos: ainda que, se bem que, visto que, contanto que, à proporção que.
Bom também é termos
cuidado para não confundirmos as conjunções subordinativas de causas e de
consequências, embora, isso, às vezes, fica difícil diferenciá-las. Daí, um
esquema, como macete que costumo usar em minhas aulas:
Se alguém fala: ”Correram
tanto, que ficaram cansados”. Saiba que: “Que ficaram cansados” aconteceu
depois deles terem corrido, logo é uma consequência.
Porém, se alguém fala: ”Ficaram cansados porque correram muito”. Isso implica
que: “Porque correram muito” aconteceu antes deles ficarem cansados, logo é uma
causa.
Gilson Vasco