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Arte de metal - W. Metal - Exposição ao ar livre. Wanderley, BA. Foto: Gilson Vasco: 10/02/2024. |
Em dias
bem recentes deste mês (de 09 a 13), viajei para a minha terra natal, grandiosa
cidade de Wanderley, no oeste baiano. É praxe, ao chegar à cidade, perambular a
pé pelas suas ruas (preferencialmente as mais desabitadas, porque consigo contemplar
ângulos precisos que, talvez, passam despercebidos pelos que ali passam
cotidianamente).
Sempre
que visito minha cidade, muitas coisas chamam a minha atenção — as torres, as
pontes, as caixas d’água, os paralelepípedos, o Tijucuçu... —, e dessa vez, uma arte, digna de contemplação conseguiu
me arrancar um fôlego mais profundo.
Em minhas escritas, entrevistas e conversas do
dia a dia tenho dito que Olhos D’água — distrital wanderleense — é uma fábrica
de artistas. Nada disso é exagero. Olhos D’água é naturalmente um palco de
artistas. No perímetro urbano de Wanderley, vez por outra, também surgem
personalidades da estirpe dos “olhos daguenses” (se errei o gentílico,
perdoe-me, confesso que minha ignorância não me deixou saber, ainda).
Enquanto caminhava pela espinha dorsal wanderleense,
saída para o povoado da Lagoa do Oscar (porém, ainda no perímetro urbano), para
ser mais preciso, que me deparei com uma exposição artística ao ar livre, digna
de contemplação. Arte que a minha escrita não consegue descrever (e por isso,
preferi deixar uma fotografia, já que uma imagem vale mais que milhares de
palavras). Arte, digna de um profissional. Algum impetuoso artista plástico wanderleense,
que carrega no sangue corrente nas veias o dom da criação, da representação... alguém
tão criativo, nascido para brilhar ao ponto de conseguir ativar no outro o mais
alto grau de sensibilidade contemplativa, através da arte.
Vando, ou W. Metal, não tive tempo para
investigar melhor, porque, como mensurei, a viagem foi muito rápida, talvez por
isso, uma das melhores visitas que já fiz a minha terra querida. Aliás,
aproveito esta deixa, para agradecer a todos que me receberam com tanto afinco,
carinho e dedicação — foram tantos, que nem ousaria tentar citar seus nomes.
Porém, o maior objetivo deste texto é de cunho
reconhecedor: não poderia deixar passar em branco, porque o branco, embora seja
uma cor tão natural quanto qualquer outra, remete à sensação do vazio. E eu
voltei da minha cidade, extremamente cheio — como sempre volto depois que a
visito — de nostalgia. Portanto, não poderia deixar de parabenizar o criador da
referenciada aqui e reverenciada por todos com a chance de vê-la. Que o
grandioso pai celestial continue orientando esse artista na arte do saber, na
arte do desenvolvimento. Parabéns W. Metal.