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Para quem acredita na existência de Deus, há sempre uma luz radiante, ainda que a vida pareça mergulhada em profunda escuridão. Chega um momento que precisamos nos libertar dos grilhões, das amarras e correntes que nos enclausuram num pequeno mundo, sairmos da nossa caverna e irmos de encontro à luz.

domingo, 18 de fevereiro de 2024

QUANDO A ARTE ESTÁ NO SANGUE

 

Arte de metal - W. Metal - Exposição ao ar livre. Wanderley, BA. Foto: Gilson Vasco: 10/02/2024. 

Em dias bem recentes deste mês (de 09 a 13), viajei para a minha terra natal, grandiosa cidade de Wanderley, no oeste baiano. É praxe, ao chegar à cidade, perambular a pé pelas suas ruas (preferencialmente as mais desabitadas, porque consigo contemplar ângulos precisos que, talvez, passam despercebidos pelos que ali passam cotidianamente).

Sempre que visito minha cidade, muitas coisas chamam a minha atenção — as torres, as pontes, as caixas d’água, os paralelepípedos, o Tijucuçu... —, e dessa vez, uma arte, digna de contemplação conseguiu me arrancar um fôlego mais profundo.

Em minhas escritas, entrevistas e conversas do dia a dia tenho dito que Olhos D’água — distrital wanderleense — é uma fábrica de artistas. Nada disso é exagero. Olhos D’água é naturalmente um palco de artistas. No perímetro urbano de Wanderley, vez por outra, também surgem personalidades da estirpe dos “olhos daguenses” (se errei o gentílico, perdoe-me, confesso que minha ignorância não me deixou saber, ainda).

Enquanto caminhava pela espinha dorsal wanderleense, saída para o povoado da Lagoa do Oscar (porém, ainda no perímetro urbano), para ser mais preciso, que me deparei com uma exposição artística ao ar livre, digna de contemplação. Arte que a minha escrita não consegue descrever (e por isso, preferi deixar uma fotografia, já que uma imagem vale mais que milhares de palavras). Arte, digna de um profissional. Algum impetuoso artista plástico wanderleense, que carrega no sangue corrente nas veias o dom da criação, da representação... alguém tão criativo, nascido para brilhar ao ponto de conseguir ativar no outro o mais alto grau de sensibilidade contemplativa, através da arte.

Vando, ou W. Metal, não tive tempo para investigar melhor, porque, como mensurei, a viagem foi muito rápida, talvez por isso, uma das melhores visitas que já fiz a minha terra querida. Aliás, aproveito esta deixa, para agradecer a todos que me receberam com tanto afinco, carinho e dedicação — foram tantos, que nem ousaria tentar citar seus nomes.

Porém, o maior objetivo deste texto é de cunho reconhecedor: não poderia deixar passar em branco, porque o branco, embora seja uma cor tão natural quanto qualquer outra, remete à sensação do vazio. E eu voltei da minha cidade, extremamente cheio — como sempre volto depois que a visito — de nostalgia. Portanto, não poderia deixar de parabenizar o criador da referenciada aqui e reverenciada por todos com a chance de vê-la. Que o grandioso pai celestial continue orientando esse artista na arte do saber, na arte do desenvolvimento. Parabéns W. Metal.