Nos últimos dezoito artigos
desta série vimos muito sobre a Gramática da Língua Portuguesa, agora, já
caminhando para os últimos artigos da série Língua Portuguesa - Um estudo sobre
a Gramática, estudaremos um pouco sobre algumas gramáticas existentes.
Ao longo de nossa leitura
percebemos que, entre outras funções, a Gramática regula a linguagem
e estabelece padrões de escrita e da fala para os falantes de uma língua.
Graças a ela, a língua pode ser analisada e preservada, apresentando unidades e
estruturas que permitem o bom uso da língua, da língua portuguesa, no nosso
caso.
É papel da Gramática ultrapassar
a visão reducionista que faz da língua um aglomerado de regras prescritas pelos
estudiosos do sistema linguístico, devendo ser capaz não apenas de prescrever o
idioma, mas também de descrevê-lo, preservá-lo e, sobretudo, ter utilidade para
os falantes. Sabemos que a Gramática apresenta as regras, mas quem movimenta e
faz da língua um sistema vivo e mutável são os falantes, ou seja, os agentes da
comunicação. Não é de agora que sabemos que a língua é um organismo vivo e, por
esse motivo, é natural que exista um distanciamento entre o que é prescrito
pelas normas e o que é efetivamente utilizado por seus falantes. Daí a existência
de várias gramáticas para estudar a mesma ou várias línguas.
A Gramática Normativa é
muito utilizada em sala de aula e para diversos fins didáticos. Ela busca a
padronização da língua, indicando através de suas regras como devemos falar e
escrever corretamente. Nela, a abordagem privilegia a prescrição de regras
que devem ser seguidas, desconsiderando os fatores sociais, culturais
e históricos aos quais estão sujeitos aos falantes da língua. A Gramática Normativa vai estudar a Fonologia através
da ortoépia (estudo da pronúncia correta dos
vocábulos), da prosódia (determinação da sílaba tônica) e
da ortografia (representação correta da língua escrita). Na Morfologia
ela estuda a forma dos vocábulos, as classes de palavras e as classes
gramaticais. Por fim, na Sintaxe estuda a
relação entre as palavras de uma oração ou relação entre as orações de um
período a partir de regras pré-determinadas com relação à concordância, à
regência e à colocação
pronominal.
A Gramática Descritiva ocupa-se
da descrição dos fatos da língua, com o objetivo de investigá-los e não de
estabelecer o que é certo ou errado. Enfatiza
o uso oral da língua e suas variações. Ela analisa um conjunto de regras que são seguidas, considerando as
variações linguísticas da língua ao investigar seus fatos, extrapolando os
conceitos que definem o que é certo e errado em nosso sistema linguístico.
A Gramática Histórica estuda
a origem e a evolução histórica de uma língua , isto é, investiga a origem e a
evolução de uma língua, representando os estudos diacrônicos.
A Gramática Comparativa estabelece
comparação da língua com outras línguas de uma mesma família. No caso de nossa
língua portuguesa, as análises comparativas são feitas com as línguas
românicas. Ela dedica-se ao estudo comparado de uma família de línguas. O
Português, por exemplo, como acabamos de ver, faz parte da Gramática
Comparativa das línguas românicas.
Fontes:
ROCHA LIMA, Carlos Henrique da. 1915-1991. Gramática Normativa da língua portuguesa. - 45ª edição - Rio de Janeiro: José Olympio, 2006.
ROCHA LIMA, Carlos Henrique da. 1915-1991. Gramática Normativa da língua portuguesa. - 45ª edição - Rio de Janeiro: José Olympio, 2006.
http://www.partes.com.br/educacao/gramaticanormativa.asp
Gilson
Vasco
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pela sua participação, seja comentando ou simplesmente visualizando.