Cresci ouvindo de parentes próximos que, pelos idos de 1945, ao término
da Segunda Guerra Mundial meu avô materno quase teve sua vida ceifada. Não que
ele tivesse participado do conflito. Morava nos confins do mundo, aonde os
efeitos do combate, talvez, nunca chegassem. Grande foi o medo e ofegante foi a
correria ao ter visto pela primeira vez um objeto estranho e barulhento sobrevoando
o céu daquele reduto. Para meu avô aquilo era o prenúncio do fim do mundo, para
os mais experientes era simplesmente mais um fruto da revolução tecnológica.
Ora, o primeiro voo do primeiro avião, o 14-Bis, aconteceu em Paris, na França
em 23 de outubro de 1906, chamando a atenção de todo o mundo, ao saber que o
homem podia voar, e menos de cinco anos após o primeiro voo da máquina de
Alberto Santos Dumont, inventor brasileiro, a Itália já fazia uso do novo e
revolucionário aparato aéreo no transporte e lançamento de bombas de guerra. Hoje,
passadas apenas onze décadas, o avião se tornou, para a humanidade, um meio
aéreo comum e necessário ao mesmo tempo.
Diante disso, já imaginou quão bom seria a criação de carros voadores
para alguém que quisesse ficar livre dos congestionamentos e engarrafamentos provocados
pelo excesso de carros nas ruas das
metrópoles? Se depender das fábricas de automóveis a nova
tecnologia poderá fazer parte do nosso cotidiano muito em breve!
Ora, o fato é que há muito, a tecnologia
vem influenciando quase todas as áreas e atividades desenvolvidas pelo ser
humano em qualquer lugar do mundo, até mesmo aquelas mais simples realizadas no
dia a dia. Daí, de modo geral, ser a tecnologia um produto da ciência e da
engenharia, um conhecimento capaz de transformar o meio e permitir a invenção e
produção de objetos fabricados para
suprir as necessidades. Assim, um artefato tecnológico surge quando há uma necessidade específica de
satisfação ou quando há uma necessidade de
resolução de algum problema. Os engarrafamentos é um dentre muitos e, pensando nisso, diversas
empresas já trabalham no desenvolvimento de protótipos de carros voadores, os
quais, depois de prontos, testados e aprovados passarão a fazer parte do nosso
mundo real, inclusive alguns criadores mais ousados planejam testar seu
protótipo ainda neste ano! O projeto é tão ousado que a intenção é que os
carros voadores sejam autopilotos e que as pessoas reservem o veículo através
de um aplicativo, por meio do celular.
Mas, afinal, quais seriam os benefícios e
malefícios dessa nova criação? Bem, se a
tecnologia, por si só, não pode ser nem bom nem ruim, a utilidade dos seus
frutos vai depender de quem os usam e para quais fins, ou seja, se ela pode ser
usada para melhorar a produtividade do trabalho humano, reduzir o esforço
físico e aumentar a qualidade de vida da população, ou possa causar diferenças
sociais, poluir o meio ambiente e causar desemprego, todavia, no caso específico
dos carros voadores, serão elétricos e vão utilizar
as vias aéreas isso vai evitar a poluição e ajudar a reduzir os custos de
infraestrutura das cidades, uma vez que, por meio do voo, não é preciso
investir tanto em vias terrestres, pontes e viadutos. Já em relação a se os
riscos de acidentes e colisões que geram prejuízos, lesões corporais e mortes
vão diminuírem, somente vamos saber depois que os aparelhos forem colocados
definitivamente em uso.
Gilson Vasco
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