O trágico acidente aéreo na
Colômbia com o avião que transportava a equipe brasileira de futebol
Chapecoense e caiu próximo ao aeroporto do Medellín, matando 71 pessoas,
vitimando praticamente toda a delegação é mais uma na lista de tragédias
ligadas ao futebol.
É com muito pesar que este
colunista apresenta, a seguir, a lista triste dos principais acidentes aéreos em
que houve a perda da maior parte de uma equipe futebolística, mundo adentro:
1.
A tragédia de Torino (04 de maio
de 1949):
Um dos dias mais tristes do futebol italiano aconteceu quando um avião Fiat
G-212 que levava a equipe pentacampeã
do Torino, na época uma das equipes mais fortes da Europa, chocou-se
com a parede de trás da Basílica de Superga, nos arredores de Turim. Quarenta e
duas pessoas que voltavam de uma partida beneficente em Portugal morreram,
dentre elas 18 jogadores da equipe, funcionários do clube, jornalistas e os
tripulantes. A culpa foi atribuída às más condições climáticas e a um erro de
navegação.
2.
O desastre de Munique (06 de fevereiro
de 1958):
Outro acidente aéreo envolvendo equipes de futebol que comoveu o mundo inteiro
aconteceu quando jogadores da jovem equipe do Manchester United retornavam de
Belgrado, Inglaterra, após disputa das quartas de final da Copa Europeia
morreram. O acidente aconteceu ainda em terra, antes mesmo de o avião pegar
voo, na
terceira tentativa de decolar da pista do aeroporto de Munich-Riem, com neve, a
aeronave da companhia aérea British European Airways derrapou e bateu. Além de oito
jogadores, dois dirigentes do clube e vários jornalistas que cobriam a partida morreram
na derrapagem em Munique. 23 dos 44 passageiros a bordo morreram. O acidente
acabou com aquela mítica equipe dos Busby Boys, os meninos de Matt Busby. O
técnico sobreviveu e conseguiu escapar de seus escombros para se transformar,
mais tarde, em uma lenda do futebol inglês.
3. A tragédia do Alianza Lima (08
de dezembro de 1987): Ocorreu quando um avião Fokker 27 da
Marinha de Guerra do Peru fretado pelo time de futebol Alianza Lima que estava
voltando para enfrentar o Deportivo Pucallpa pelo torneio peruano caiu no
oceano Pacífico, perto da costa peruana, a 10 quilômetros do aeroporto de Lima.
Todos os integrantes da equipe, que liderava o campeonato do país, parentes e
membros da comissão técnica morreram no acidente. Dentre os 54 passageiros e
tripulantes, o único sobrevivente foi o piloto. A equipe ficou
totalmente desmantelada e precisou seguir no campeonato local com jovens e
jogadores fornecidos pelo Colo-Colo, que emprestou atletas em um gesto de
solidariedade.
4.
A tragédia da Zâmbia (28 de abril de 1993): Nesse acidente quando a seleção da Zâmbia estava em um avião militar em voo organizado pela Força Aérea do país africano, que se deslocavam de
Port Louis, Ilhas Maurício, para Dacar, Senegal, onde
competiria por vaga na Copa do Mundo de 1994, um dos motores pegou fogo e o
piloto cometeu um erro ao encerrar o outro motor, com a aeronave mergulhando no
Oceano Atlântico. O acidente aconteceu pouco depois da decolagem de Libreville, Gabão,
depois de se reabastecer. Morreram também no acidente o presidente da seleção,
três técnicos e 18 jogadores. Todos os membros da
seleção de futebol da Zâmbia morreram com a queda no mar.
5. O acidente do voo da Green Cross (03 de abril de 1961): Em uma das maiores tragédias do
esporte chileno, o avião Douglas DC3 que voltava
para Santiago, depois de uma partida fora de casa contra o Osorno, pela Copa do Chile, com
parte da equipe de futebol mais famosa do Chile, o Green Cross, caiu nos
Andes sem deixar sobreviventes. O equipamento transportava 24 pessoas,
incluindo treinadores e oito jogadores. A aeronave
caiu perto da meia-noite após se chocar com uma serra, perto da cidade de
Longford, sendo apenas localizadas após 10 dias do acidente. Não houve
sobreviventes. Parte da equipe, formada por treinadores
e árbitros viajavam no avião da companhia aérea nacional LAN.
Gilson Vasco
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