Mais uma vez, o município de Wanderley, no oeste baiano amanheceu invadido pelas águas das chuvas torrenciais
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Zona urbana de Wanderley. Ponte de Ferro sobre o Tijucuçu. Foto: Captura. 2024 |
É a terceira vez na história da cidade que o município baiano, com quase 13 mil habitantes amanhece sob águas. No verão de 1993, a estação era chuvosa, mas em Wanderley não estava chovendo à noite, via-se sinais longínquos de relâmpagos, ouvia-se pequenas rajadas de trovões, mas não havia muitas nuvens e o vento em brisa, nada ameaçador. Prova disso é que choveu pouquíssimo no perímetro urbano do município durante aquela noite. Porém, na madrugada, os habitantes da região baixa da cidade foram surpreendidos por gigantescos e velozes turbilhões de água que os atingiram impiedosamente. Os desabrigados foram acolhidos em escolas e auxiliados com colchões, cobertores e alimentação, por meio do poder público municipal. Professores que estavam de férias se dedicaram a ajudar, o Grupo de Assistência Social (GAS), existente na época, também cumpriu papel fundamental no processo de acolhimento aos desabrigados e as igrejas ficaram de prontidão. A cidade, por pouco, não ficou em estado de sítio.
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Zona rural de Wanderley. Foto: Prefeitura. 2021 |
Mais recentemente, pelos idos
de 2021, nos últimos dias de dezembro daquele ano, para ser mais preciso, o perímetro
urbano e zonas rurais do município também sofreram com os alagamentos. A região
da Goiabeira, polo turístico wanderleense, comunidades de
Quixabeira, Lagoa Grande, Poço Cumprido, região das Casas Velhas, são algumas
das localidades que foram alagadas e deixando muitas famílias ilhadas e com
impossibilidade de locomoção de veículos terrestres, ao ponto de o transporte ser
feito apenas por helicóptero, que assistia as comunidades ribeirinhas, fazendas
e sítios.
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Zona urbana de Wanderley. Foto: captura. 2024 |
A cheia dessa madrugada, foi a
mais relevante, em termos prejudiciais, dentre todas, uma vez que o riacho Tijucuçu
transbordou e as águas subiram ao nível dos telhados das casas, em algumas
partes da cidade. Pessoas se salvaram por pouco, após se abrigarem nos telhados.
Barcos foram usados no salvamento e resgate de pessoas, ilhadas em seus próprios lares, devido ao alagamento. As escolas estão sendo ocupadas pelas famílias que tiveram suas moradias alagadas. Outros moradores precisaram ser retirados de suas casas com ajuda de uma pá carregadeira, dado a inexistência de acesso ao local por veículos menos robustos. De acordo com moradores, a chuva começou por voltas das sete horas da noite de ontem e, posteriormente o Tijucuçu transbordou, atingindo centro e outras regiões da cidade. A Vila Maria foi a parte em que mais pessoas precisaram deixar suas casas. Cerca de 50 famílias estão sendo abrigadas na Escola Municipal Isaias Silva.
Há registro de internações no hospital da cidade, de alguns pacientes, dado ao alagamento e risco fatal de afogamentos.
A previsão meteorológica aponta
para mais chuvas na região, para os próximos dias. A cidade continua em alerta.
Veja, a seguir, alguns vídeos cedidos pela comunidade:
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