Num mundo incerto, onde a violência ultrapassa a piedade, a
sociedade sofre e paga um preço muito alto por existir.
Sabe-se que não é de hoje que existe a violência. A
violência surgiu desde a época em que Caim, personagem bíblico, matou Abel, e
daí em diante, ela só tem aumentado cada vez mais e, o que é pior, com uma
enorme explosão constrangedora de casos absurdos. Hoje, porém, o que mais se vê
nas manchetes dos jornais é uma gigantesca e lamentável ocorrência violenta que
assusta, isola e intimida a sociedade, principalmente, o povo brasileiro.
Quem está no poder, parece não ter o controle de tal
situação e para amenizar o caos, supostamente, finge tentar encontrar solução
para dar fim aos acontecimentos, mas o que encontra, na verdade, é uma desculpa
para tudo. Quando se trata de uma desculpa mais ou menos aceitável, cala a boca
da sociedade, do contrário, só se ouve desculpa esfarrapada, absurda, ironia e
coisa inaceitável. Só que nesse caso, a verdade, logo, vem à tona e não dá
mesmo para se calar. O que o povo tem a fazer é colocar a boca no trombone,
como se diz por aí, procurar o seu direito de cidadão, cumpridor dos seus
deveres e exigir dos “donos” do poder a criação e desenvolvimento de uma
política capaz de dar um basta na onda de violência, porque não requer apenas
treinar e equipar a polícia com o que há de mais moderno e sofisticado material
bélico, ou mesmo, convocar as forças armadas para ir às ruas tentar maneirar a
violência através da força brutal e repressiva. Mais do que isso convêm aos
dirigentes deste País castigado, principalmente pela violência, fazer acontecer
mais que uma total mudança no Código Penal Brasileiro, acrescentando-no leis
mais severas para punir com mais rigor os causadores e praticantes dessa praga
chamada violência; criar uma política séria; fazer com que a justiça se una com
a própria polícia e vis-à-vis e ambos trabalhar em prol de uma sociedade justa,
digna e sem medo. Caso isso não venha a acontecer, brevemente, a situação só
tende a piorar, pois criminosos, estupradores, delinquentes, psicopatas,
ladrões, manipuladores, corruptos, marginais e toda a classe bandida se
misturam com pessoas sérias, equilibradas e civilizadas causando transtorno e
equívoco à sociedade, dando, aos poucos, cada um, o direito de julgamento
perante ao próximo.
Se continuar dessa forma, a violência vai aumentar cada vez
mais, não vai existir auge, a situação cada dia que se passa vai ficar mais
caótica, a vida será sempre um risco e, viver ou morrer, vai depender mais da
sorte do que da segurança.
Gilson Vasco
Escritor
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