Conforme promessa
em artigo anterior, nesta sexta parte desta série de artigos relacionados aos Residenciais Jardins do Cerrado e Mundo Novo, vamos
abordar a questão da cultura, do esporte e do lazer.
A minicidade
foi povoada sem nenhum lugar para as crianças e adolescentes praticar esporte e
lazer. Logo após criação da Associação dos Moradores, tema que, futuramente
bordaremos com maior precisão, o presidente eleito, ciente da necessidade
solicitou da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer e Secretaria Municipal de
Obras, pelo menos a terraplanagem de algumas áreas em todas as etapas do
bairro. A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) cedeu algumas traves e,
assim, foi feito alguns campos de chão batido, onde por muito tempo, praticou o
futebol, porém, atualmente, os campos se encontram abandonados. Por falta de
incentivo e dessas áreas na minicidade, hábitos
sadios como a prática de esportes, em suas diversas modalidades; o prazer em se
fazer uma caminhada matutina ou sob o sol do entardecer não existem ainda no
bairro, isto é, por falta de uma política voltada para a criação de áreas de cultura,
esporte e lazer, não existe nenhuma opção cultural
com intuito de integrar a sociedade às mais diversas formas e modalidades de
lazer.
As escolas municipais das etapas I e VI possuem quadra de
esporte, porém, restrita aos alunos matriculados e frequentando-as, mas para o
restante da sociedade dos residenciais, na tangente destes três tópicos, faltam
tudo. Com isso, centenas de crianças e adolescentes que deviam estar se
ocupando desses afazeres sadios, voltam-se ao mundo da marginalidade por
desocupação.
Assim como
disse da saúde, não se deve culpar somente o município pelas desgraças sociais,
no Brasil tudo, tudo caminha a passos de tartaruga preguiçosa. Digo isso também
porque há muito o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), destinou uma Praça
dos Esportes e da Cultura (PEC), depois chamado de Centro das Artes e dos Esportes
Unificados (CEU) para a minicidade que, depois de pronto, integrará atividades
e serviços culturais, práticas esportivas e de lazer, formação e qualificação
para o mercado de trabalho, serviços socioassistenciais, políticas de prevenção
à violência, ao uso de drogas e inclusão digital. Porém, já devia está pronta e
servindo a comunidade desde 2012, mas devido ao atraso burocrático ele ainda se
encontra em fase de construção. De todo mal, nem tudo é ruim, ainda bem que
ficará pronto ainda neste ano para a inauguração e entrega à comunidade,
segundo previsão da construtora responsável pela obra.
O Centro das
Artes e dos Esportes Unificados (CEU), apesar de ser construído com recursos do
Governo Federal pertence ao município e foi dado a este a competência de
geri-lo. Até o presente momento, não há nenhum resquício de nenhum equipamento
do Estado, no sentido de promover a prática da cultura do esporte e do lazer
para os moradores da minicidade.
É necessário muito investimento na minicidade para que os idosos possam
ter melhor qualidade de vida e as crianças e adolescentes se mantenham ocupados
para que não se percam no mundo marginalizado, como de fato vem ocorrendo. É
preciso acabar com essa característica que existe de ponta a ponta no Brasil: deixar
de investir em saúde para investir em doenças! Investir em doença? Claro que
não me equivoquei, pois equipar hospitais, admitir médicos e treinar
funcionários da área é realmente preciso, porém, não é tudo. Ora, se antes
disso não se investe em cultura, esporte e lazer, de certo modo é investir em
doença. Agora contribuir o máximo na cultura e na prática do esporte e do
lazer, isso sim, é investir em saúde e economizar gastos, uma vez que a ciência
tem provado, na prática, que o indivíduo que participa ativamente da sociedade,
possuem mecanismos e condições para buscar a cultura, o esporte e o lazer
possui uma melhor qualidade de vida, e, quando há qualidade de vida, não há
hospitais lotados. Mas para está inserido na sociedade, ser culto e buscar o
lazer há a necessidade da dinâmica, espaço que ofereça variadas opções e é
exatamente aí que surge a obrigação de ter gestores interessados e
compromissados com a saúde pública e com o povo.
No nosso próximo artigo desta série: Residenciais Jardins do Cerrado, um bairro periférico
esquecido, abordaremos a problemática da violência na qual a minicidade foi
sendo inserida e hoje se encontra submergida ao descaso, ao medo, devido também
à falta de segurança pública.
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