Nesta parte
XIII da série Residenciais Jardins do Cerrado,
um bairro periférico esquecido vamos reforçar ainda mais como anda a garantia ou
a falta do cumprimento dos direitos das crianças e dos adolescentes moradores
na minicidade, construída numa das regiões periféricas da metrópole, para
abrigar milhares de famílias de baixa renda, já que como todos sabem, o artigo 4º do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) formata que: “É dever da família, da comunidade, da sociedade
em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação
dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte,
ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária” a todas as crianças e
adolescentes sem distinção. Sabem como anda a situação da classe
infanto-juvenil nos Residenciais Jardins do Cerrado e Mundo Novo, bairros
criados para ser referência nacional e maior complexo habitacional da América
Latina? Com os mesmos problemas que os demais empreendimentos erguidos nas
periferias do gigante convivem! Crianças e adolescentes da minicidade pagam um
alto preço por morarem num bairro afastado de todos e de tudo, pois como se não bastasse o fato de o bairro ter sido entregue aos
moradores praticamente sem nenhuma infraestrutura, com ruas sem asfalto, creche
e escolas municipais que não atendem toda a demanda, uma linha de ônibus
ineficiente e inexistência de escola estadual, passados quase seis anos de
existência do bairro com todas as casas construídas já ocupadas, os
residenciais, localizado na região oeste da Capital que atualmente comporta
quase 30 mil moradores de baixa renda ainda não possuem, sequer, um equipamento
público destinado à prática esportiva, ao lazer etc. Na verdade, os moradores não
contam com os direitos básicos garantidos pela Constituição Federal! Como já
tivemos a oportunidade de observar falta rede de esgoto, segurança, escola
estadual etc. e, por sorte, depois de longa espera, o asfalto começou a chegar.
O que
acontece com a obrigatoriedade do cumprimento do Estatuto da Criança e do
Adolescente nos Jardins do Cerrado, em Goiânia e no Brasil inteiro? O que
acontecem com os direitos constitucionais do povo?
É
inadmissível o descaso do poder público para com as crianças e adolescentes da
minicidade. Chega a ser vergonhoso o estado de abandono em que se encontram
milhares de crianças e adolescentes. Não
se podem construir bairros, principalmente em regiões periféricas da metrópole
para abrigar milhares de famílias de baixa renda e deixar crianças,
adolescentes, jovens e idosos esquecidos, em altíssimo risco de vulnerabilidade
social, a mercê da própria sorte. Sim, é isso o que está acontecendo também com
os Residenciais Jardins do Cerrado e Mundo Novo, criados para ser referência
nacional e maior complexo habitacional da América Latina, e, lamentavelmente,
sua população pena com a falta de estrutura básica para o cidadão.
É simplesmente
ridícula, a situação penosa de milhares de crianças e adolescentes, que, mais
dias, menos dias, se transformam em vítimas frágeis perante a sociedade!
Exclusivamente para este fatídico caso podem dizer categoricamente que, a culpa
não é meramente do poder público não, ora, deve ser repartida com uma parcela da
sociedade e com parte dos próprios responsáveis familiares que, muitas vezes,
lançam para outrem a tarefa pelo zelo com a juventude. Muitos são omissos.
Esperamos que
muito em breve o poder público, pais e a sociedade em geral comecem a olhar de
um ângulo melhor e passem a serem mais atuantes para que nossas crianças e
adolescentes sejam mais lembradas, respeitadas e acolhidas, pois somente assim
se tornarão cidadãos dignos e cívicos, conhecedores e praticantes da ética e da
moral.
As crianças e
adolescentes e comunidade em geral dos Residenciais Jardins do Cerrado e Mundo
Novo e de todo o mundo não merecem ser alvo da especulação político-partidária.
Consigo enxergar a questão do abandono pueril, juvenil, dos idosos e dos
deficientes na minicidade como é visto a seca no nordeste do País: existe,
sabem que existe, raramente tomam medidas paliativas, mas não se resolve, pois
resolver problema para a população mais carente significa redução no número de
votos para certos políticos.
Na nossa penúltima
parte, XIV, abordaremos a questão do meio ambiente nos Residenciais Jardins do
Cerrado e Mundo Novo, já que estamos vivendo a era da sustentabilidade. Veremos
com maiores detalhes a questão do saneamento básico e da preservação do meio
ambiente. Aguardem!
Gilson
Vasco
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